Saturday, January 21, 2006

"BRASÃO DE SANTA EUGÉNIA"










Brasão da Freguesia de Santa Eugénia
O Diário da República, III Série, nº 33 de 16 de Fevereiro de 2005, torna pública a ordenação do Brasão, Bandeira e selo da Freguesia de Santa Eugénia, do Município de Alijó, tendo em conta o parecer emitido em 1 de Outubro de 2004, pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, e que foi estabelecido, nos termos da alínea q), do nº 2 do artigo 17º do Decreto-lei nº 169/99, de 18 de Setembro, sob proposta desta Junta de Freguesia, em sessão da Assembleia de Freguesia de 30 de Dezembro de 2004:
Brasão - Escudo de Azul, uma Águia estendida de Prata, Bicada , Armada e Sancada de Vermelho, entre Duas Oliveiras Arrancadas de Prata e Frutadas de Ouro; Em Chefe, Uma Palma de Ouro posta em Faixa e, em Campanha, Três Burelas Ondadas de Prata e Azul. Coroa Mural de Prata de Três Torres. Listel Branco, com a Legenda a Negro: «SANTA EUGÉNIA - ALIJÓ».
Bandeira - Amarela. Cordão e Borlas de Ouro e Azul. Haste e Lança de Ouro.
Selo - Nos Termos da Lei, com a Legenda: «Junta de Freguesia de Santa Eugénia - Alijó».
Quarta-Feira, 16 de Fevereiro de 2005





Por: José Nogueira dos Reis

"ESTA LINDA TERRA"














Capela de Santa Bárbara

Viva a Linda Freguesia






Santa Eugénia encontra-se a quatorze (14) quilómetros da sede de concelho para nordeste e a um e meio (1.5) do rio Tinhela. Localiza-se no sopé do monte de Santa Bárbara, numa zona de transição do Douro para a região de Trás-os-Montes e no limite da Região Demarcada do Alto Douro, segundo os limites fixados pelo Marquês de Pombal em meados do século XIX.Na época medieval, esta freguesia já era referida na documentação portuguesa. Assim aconteceu desde o século XII, e parece que a freguesia terá mesmo constituído uma paróquia de origem sueva ao longo do século VI. Uma época que representou o lançamento das primeiras sementes do cristianismo.Segundo a lenda, o nome desta freguesia derivou da aparição de Nossa Senhora, em tempos muito remotos, no monte que hoje tem o nome de "Cabeço de Santa barbara. Certo dia, nasceu neste lugar uma menina muito linda, a que os pais chamaram Eugénia. Esta quis dar o seu coração a Cristo, não se casando, contra a vontade do pai. Fugiu e quase morreu, assassinada por ele. No momento em que a execução se consumava, apareceu-lhe Nossa Senhora, que a salvou da morte eminente. A população, reconhecida, deu o nome de Santa Eugénia àquela terra.No foral atribuído a Alijó em 1226, por D. Sancho II, Santa Eugénia é uma das freguesias integradas no seu termo. Neste foral, faziam parte do concelho de Alijó as seguintes povoações:
Alijó, granja, Presandães, Chã, Valdemir; Santa Eugénia, Casas da Serra, Carlão, Franzilhal, Safres, Castedo e Cotas. Valdemir e Santa Eugénia, passariam posteriormente para o concelho de Murça, pois nas Inquisições de D.Afonso III, em 1258, se averigou «quod homines de Mussa filiavernt tantam heriditatem de Ligoo quod fecerunt ibi unam que vocatur Sancta Ougeja...». D. Afonso III, ao confirmar, em 1269, com novo foral, o anterior passado no reinado de seu irmão, ainda inclui a aldeia de Santa Eugénia, mas condicionalmente - «Do et concedo insuper vobis cum isa villa de Aligoo aldeyam de Prazenães et aldeyam de Sancta Ogenia (...) si eas vincere per directum poteritis». A verdade é que no recenseamento de 1530, ordenado por D. João III, já Santa Eugénia aparece no Concelho de Murça com oito (8) famílias. E só regressaria à posse de Alijó com a reforma administrativa de 1853 que lhe deu a área actual .
Da paróquia de Murça emancipam-se eclesiasticamente Pópulo (com os lugares de Caldebois, Estrada e Vale de Cunho), Pegarinhos ( com Castorigo e Valdemir) e Santa Eugénia, de todas uma das mais antigas.
Civilmente foram integradas no Concelho de Alijó com a referida reforma administrativa de 1853 (?)
















Por:







José Nogueira dos Reis - Rua da Barreira, 12 Santa Eugénia 5070-411

Monday, January 16, 2006

"SANTA EUGÉNIA - 1"




E a Padroeira, de uma «Lenda»!!??


Santa Eugénia, desde muito cedo que resolveu entregar o seu coração a Jesus Cristo, não pretendendo, assim, entregar-se a nenhum homem; Ora, em virtude dessa vontade
Diz-se , que «Santa Eugénia» - Orago desta freguesia - , costumava ser, injusta, brutalmente, e, mesmo «brutamente», castigada por seu pai; de tal forma que uma certa vez, ele se dirigiu para a filha, com o determinado propósito de a partir ao meio com um «machado». Deus, acudindo em defesa de Eugénia, no momento preciso em que o pai ia a desferir o mortal golpe, enviou um raio de trovão. «Barbara, apercebendo-se do acontecido, pediu a Deus que lhe perdoasse. Então, o raio, apenas desfez o machado em mil pedaços, poupando o «carrasco».A partir daí, «Barbara», passou a ter domínio sobre as trovoadas. Devido a tal facto, as gentes deste local, entregaram o seu coração a «Eugénia», dando-lhe o nome da sua morada; a sua protecção, a «Barbara», que segundo eles, ainda hoje os vigia e protege do alto do monte com o seu nome (Cabeço de Santa Barbara).
.Artesanato
Outrora rico e variado, está hoje, contudo, praticamente extinto.
Existe ainda Ferraria, Trabalhos de carpintaria, Barbearia, Costureiras e costureira-alfaiate.
.Brinquedos Tradicionais:
«A carroça»
.Autor


José Nogueira dos Reis

Viva Santa Eugénia

"SANTA EUGÉNIA - HISTORIAL"

Tempos longínquos

F oi por volta do século III a.C. que o fenómeno da romanização se fez sentir no ocidente peninsular, atraídos pelas riquezas naturais. O actual território nacional foi ocupado depois de sangrentas lutas travadas com os povos indígenas (tribos celtas pertencentes à grande família dos lusitanos).
A permanência romana não foi inócua nem desguarnecida de sentido de oportunidade. Assim, por questões militares (defesa) e económicas, organizavam política e administrativamente todo o espaço físico conquistado e sob o seu domínio, por forma a haver um melhor controlo do território ocupado. Contudo a consolidação das políticas colonizadoras passavam também pela estratégia de criação de infra-estruturas que assegurassem toda a operacionalidade de circulação de mercadorias, pessoas, exércitos, ideias, etc..
A sua presença deixou, embora de modo desigual, marcas materiais bem visíveis em todo o país . É neste campo que a freguesia de Santa Eugénia mostra vestígios de uma ocupação peculiar .


Autor :
José Nogueira dos Reis
Viva Santa Eugénia